Prece
Uno as mãos numa prece silenciosa aos Deuses, Anjos e ao Universo. Com os olhos fechados murmuro palavras quase sem som, tão baixinho mas tudo o que digo é sentido. Peço perdão pelas minhas falhas e erros, como se costuma dizer "as desculpas não se pedem, evitam se", e eu estou arrependida. Por mais tempo que passe, não consigo esquecer as minhas acções nem a minha inércia. Por vezes sinto um peso no peito, como se estivessem a pisar mas deve ser apenas os remorsos acumulados. Outras vezes sinto uma ilusória paz, como se me quisessem acalmar. Enquanto acabo a minha prece, a chama da vela arde lentamente, como se transmitisse a minha mensagem ás divindades e ao universo. Espero algum dia, sentir alguma paz interior e agarrar as oportunidades de mudar algo, em vez de deixa-las fugir por entre os dedos.