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sempresolitaria

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23
Mai22

Prece

Sempre Solitaria

Uno as mãos numa prece silenciosa aos Deuses, Anjos e ao Universo. Com os olhos fechados murmuro palavras quase sem som, tão baixinho mas tudo o que digo é sentido. Peço perdão pelas minhas falhas e erros, como se costuma dizer "as desculpas não se pedem, evitam se", e eu estou arrependida. Por mais tempo que passe, não consigo esquecer as minhas acções nem a minha inércia. Por vezes sinto um peso no peito, como se estivessem a pisar mas deve ser apenas os remorsos acumulados. Outras vezes sinto uma ilusória paz, como se me quisessem acalmar. Enquanto acabo a minha prece, a chama da vela arde lentamente, como se transmitisse a minha mensagem ás divindades e ao universo. Espero algum dia, sentir alguma paz interior e agarrar as oportunidades de mudar algo, em vez de deixa-las fugir por entre os dedos.

30
Mar21

Guardar

Sempre Solitaria

Guardo tudo numa caixinha até encher, quando não existe mais espaço procuro outro local para guardar as minhas emoções, angústias, tristezas e alegrias. Não partilho nada com ninguém e encontrar alguém que nos escute é difícil. Engulo as lágrimas e sufoco as gargalhadas, como se fosse crime sentir tristeza ou alegria. Falar em sonhos é desnecessário, pois desvalorizam os nossos desejos por mais pequenos e insignificantes que sejam para os outros, para nós é importante vive-los. Gostava de reciclar pensamentos sombrios e devaneios, e destralhar más energias mas guardo tudo para mim.

19
Fev21

Amor

Sempre Solitaria

Deitada no sofá com o corpo cansado, a alma doente e a mente bloqueada, fecho os olhos mas continuo a ouvir os sons vindos da televisão. Sinto um leve afago na cabeça e de seguida um beijo dado aos meus cabelos. Abro os olhos e vejo o sorriso dele, embaraçado e o olhar doce. É bom estas conversas no silêncio. Pedes me desculpas por me teres acordado, e eu sorrio de volta. Agarras-me ao colo e levas me até ao quarto, e com jeito deitas me na cama como se eu fosse frágil. 

Lado a lado na cama a olhar um para o outro adormeco pacificamente. Sinto me em segurança e em paz.

Acordo no sofá confusa e demoro tempo para perceber que tudo não passou de um sonho. Oh meu amor, tu não existes. Ou talvez sim , talvez estejas no outro lado do mundo. Talvez sintas um vazio no coração, talvez sintas falta de algo que te complemente. Continuo sozinha na sala, a televisão desligou se automáticamente. Levanto me para o quarto para voltar a sonhar contigo ou para ter novos sonhos.

20
Out20

Pensamentos

Sempre Solitaria

Pensamentos negativos condicionam os meus movimentos, através de linhas imaginárias. Por mais que tente mexer-me , sinto um puxão sendo atirada para trás, para mais perto do abismo. A minha voz ficou enfraquecida perante o pânico. De quê? Sei lá, o cérebro funciona de um jeito estranho e complexo, tornando me estranha e complexa. E assim se (sobre)vive dia após dia, numa nova era em que um vírus manda em nós, tanto nos comportamentos como nos pensamento. Agora é assim a vida.

27
Abr20

Mania

Sempre Solitaria

Que mania mais estranha, esta de adiar! É uma mania ridícula e parva, adiar para amanhã o que ontem já era tarde fazer. A vida transforma-se tantas vezes, nem sempre é notório mas a mudança acontece; e o tempo não passa voa! E adia-se para quê? Para as coisas não acontecerem porque já não faz sentido, já é demasiado tarde. Já ontem era tarde, e o tempo não espera nem a vida! 

Mania mais parva, adiar. Se não é um  desporto e uma modalidade, nem se entende qual é o objetivo de adiar, mas acontece. E lá adiamos a ida aquele sítio que desejamos conhecer, adiamos os jantares com amigos com a certeza que vai surgir novas oportunidades, adiamos projetos e sonhos porque acreditamos que vai haver tempo.

Só que não! E um dia vai ser tarde, demasiado tarde!

Que mania estranha que é esta de adiar! 

26
Mar20

Incerto

Sempre Solitaria

Pensamentos aleatórios e vagos passeiam pela minha mente, deixam- me cansada e aflita. Quero paz e ouvir o silêncio que é amigo e sábio. O barulho pode voltar noutra altura, talvez tardiamente mas volta e tem que voltar. Tenho saudades, nem sei bem de quê ou de quem, mas tenho saudades de tudo e de todos, de tudo e de nada. Penso no passado em demasia, nas pessoas que gostava de conhecer melhor, de me ter dado a conhecer melhor mas afastei-me. Porque é que fiz isso? Afastei me de tudo e de todos e não ganhei nada com isso, só perdi tempo e momentos! Porque é que custa pedir ajuda? Porque é que custa aceitar ajuda? 

E aquele beijo? Que era meu e nunca o recebi, assim como aquele abraço era meu por direito. Esperei tanto e nada veio, porque é que esperamos por coisas que nunca chegam? Eu sei que não sou de afectos mas sinto falta, podemos sentir faltar do que nunca tivemos? É verdade, sinto falta de beijinhos, abraços e miminhos na cara coisas que nunca estive habituada mas não sei como reagir ou sentir, se alguém me abraçar. Sim, eu sei, sou uma pessoa muito estranha que ainda não ganhou juízo!

 

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