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sempresolitaria

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28
Out22

Sonhos

Sempre Solitaria

Imagens diversas navegam ao sabor de caprichos de um inconsciente sem nexo, com uma história sem um guião pré - definido nem coerente. Uma montagem mal feita, de curtas metragens vividas durante o dia e que dançam na mente durante a noite, criando um filme duvidoso. No acordar de mais um dia, lembranças vagas do que se sonhou na noite anterior, pairam pela cabeça cansada de tanto sonhar. É um mundo misterioso o dos sonhos, por vezes parecem reais, outras vezes parecem que trazem mensagens escondidas mas tantas vezes são sonhos estranhos sem sentido.   Lembro - me sempre do que sonho, e recordo me de sonhos antigos. Raramente tenho pesadelos, mas não escapo aos sonhos aflitivos que parecem reais. 

27
Abr22

Ciclo

Sempre Solitaria

Tudo na vida é feito de ciclos, a duração de cada ciclo varia consoante várias variáveis. Tudo tem um início e um fim.

Páginas viradas e reviradas na ânsia de mudar o que não pode ser mudado, porque mais um ciclo se fechou sem eu dar conta. A luz foi diminuindo de intensidade até que se apagou aos meus olhos, e por uns momentos fiquei engolida na escuridão, até acender uma pequena chama e continuar a andar devagarinho.  Por caminhos sem placas nem direções, ando aos tombos sem ter mapa para me guiar.                            

Um novo ciclo se iniciou, sem avisar e nem veio com manual.

26
Abr22

Cruz

Sempre Solitaria

Toda a gente tem uma. Grandes ou pequenas, de cores diferentes, de materiais distintos e peso variado. A verdade é que toda a gente tem a sua cruz, invisível a olho nú mas a cruz está lá pregada nas costas. Não sei quando é que a cruz nos é dada, se no início da nossa existência ou no decorrer da vida. Não sei se o tamanho e peso da cuz, diminui ou aumenta ao longo da vida. Andamos todos por aí com uma cruz, nem sempre partilhamos a dimensão da nossa cruz aos outros, e nem vale a pena ignorar a sua presença porque a cruz está cravada em cada um de nós. 

07
Out21

Amor?

Sempre Solitaria

Será que te amei, ou amei a ideia de amar? Será que amei quem tu eras, ou quem eu queria que fosses? E tu, chegaste a amar me ou gostaste de sentir te amado?

Com dedicação e ternura, cuidei deste amor inventado pela minha mente e desejosa de sentir borboletas no estômago e suspirar pelo ar. Sentir os pés a fugir do chão e levitar até as estrelas, sonhar acordada e sorrir sem motivo. Ser tocada na alma com um simples olhar de carinho e ter uma razão para existir. Amei a ilusão e a fantasia de um romance igual aos contos de fadas, histórias de princesas e cavalos brancos conduzidos por cavalheiros e com um guião roubado a uma novela qualquer. Viver com a ânsia de um toque de mãos, no entrelaçar de dedos e num abraço apertado para sentir a ligação forte e real ao ouvir os corações a bater em sintonia. Amei a perspectiva de amar alguém, de me dar a alguém e me perder nas teias do amor e nas loucuras que cometemos por ele. Andei tanto que me perdi em fios emaranhados e teias pegajosas, num jogo sem regras nem indicações do caminho a seguir. Amei o sentimento de amor mas talvez tenha amado sozinha, um amor que me abraçava nas noites frias e silenciosas, e me dava forças quando eu sentia o abismo à minha frente, era apenas um amor solitário como eu mas era o meu amor. Enquanto as pessoas enchiam os meus ouvidos com frases que o tempo cura tudo e o amor iria encontrar-me de novo, eu fechava o meu coração a sete chaves. Com lágrimas nos olhos e o coração cheio de fita cola, cortei o fio da ligação que alimentava este amor inventado.    

 

21
Mai21

Teatro

Sempre Solitaria

Neste teatro da vida, somos apenas meras personagens passageiras. Eu gostava de saber representar, fingir o que não sinto. Gostava de sorrir mesmo não sentindo alegria nenhuma, gostava de inventar histórias mesmo que só existissem na minha cabeça, gostava de falar sobre coisas mesmo sem saber o seu real significado. Viver num mundo do faz de conta, onde a ilusão é a rainha dos dias e musa das noites. Viver mil vidas de mil personagens, ser eu sem ser eu. Ser quem eu quiser, como quiser e quando quiser. Esquecer o mundo por momentos, e criar uma realidade paralela com verdades escondidas pela passagem do tempo. Reagir consoante descrito no guião sem perguntas, viver ao sabor das expectativas e vontades alheias. E só no cair do pano, ser finalmente eu.  

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