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sempresolitaria

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05
Out21

Pilar

Sempre Solitaria

Como uma rocha pesada, fria e forte que aguentava o bater forte das ondas revoltadas do mar bravo, assim era a Pilar. Um porto de abrigo para amigos e família, sempre lá para os outros como uma âncora que não deixava afundar ninguém. Enfrentava cada embate sem cair, com uma coragem inspiradora e uma segurança avassaladora. Nunca dizia não nem desistia, nem deixava ninguém para trás. 

Com o tempo a estrutura da rocha criou fendas e pequenos buracos, o estado foi deteriorando sem fiscalização nem avisos de perigo de desabamento. Sem manutenção nem cuidados, e após tantos empurrões de vários lados a Pilar cedeu e desabou. Quando alguém percebeu o que tinha acontecido à Pilar era tarde demais.

21
Abr21

Cultivar

Sempre Solitaria

Observo um imenso terreno em pousio, de terra seca com zonas de erva alta prontas para serem cortadas. Terreno esquecido que espera em vão, de ser trabalhado e protagonista de novas colheitas. Sinto uma vontade enorme de criar uma pequena horta e cultivar legumes. Passar por todo o processo desde a preparação da terra, deitar sementes até colher os legumes. A expectativa de ver todas a sementes a vingar e crescer, sempre com o pensamento de alguma coisa não correr como esperado. E depois preparar uma refeição com os alimentos colhidos da horta. Talvez um dia.

Por enquanto tenho que cultivar dentro de mim bons sentimentos. Preparar o meu coração. Retirar as ervas daninhas pela raíz, que são como pensamentos tristes que não deixam crescer ideias com boas energias. Semear sorrisos, compreensão e força para mais tarde colher alegria, boas palavras e paz. Se tudo resultar, tento semear mais variedade de emoções. 

15
Abr21

Ruralidade

Sempre Solitaria

Gosto de caminhar, sempre gostei. Gosto de andar, andar, andar sem destino e decidir em cada passo se vou para a esquerda ou direita, ou se sigo em frente. Gosto de caminhar pelos pinhais, respirar ar puro enquanto ouço o canto dos passarinhos. Também gosto de caminhar entre as casas na aldeia igual a tantas outras. Gosto de fazer percursos diferentes mesmo que não haja grande diversificação de caminhos. Gosto de ver as pessoas mais velhas entretidas no seu quintal, a semear novas colheitas. Gosto de ver os jardins mesmo com poucas flores e plantas. Gosto do silêncio e de passar ao longe pelas poucas pessoas que encontro, repito o bom dia e cada qual segue o seu caminho. Gosto desta ruralidade de vida simples e de ouvir histórias do antigamente, no entanto sinto falta de barulho e confusão.

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